Não posso negar que eu estou morrendo de vergonha de publicar essa história, afinal eu não sou nenhuma escritora profissional, porém eu sempre amei escrever, então hoje vocês vão conferir uma historia que ainda está em andamento, mas já tem alguns capítulos....espero que gostem.
Pan
Prefácio
Esse é o primeiro livro que escrevo, é um relato
real da experiência que vivi, se você quiser acreditar no que vou contar aqui
fica a seu critério, porém sempre lembre de uma coisa, nenhuma historia é
tirada apenas da imaginação, ela primeiro é vivida, experimentada para depois
ser contada, apenas abra sua imaginação e deixe que ao final da história ela te
diga se isso foi real ou não....
Sempre gostei de ler, me lembro de quando tinha meus
6 anos, no meu quarto havia uma pequena estante com livros infantis, Alice no
país das maravilhas, Aladdin e a lâmpada maravilhosa, João e o pé de feijão,
Branca de neve e os sete anões entre outros clássicos infantis, mas havia um no
qual eu lia praticamente toda noite, Peter Pan, era o livro que mais mexia com
a minha imaginação, adorava a ideia de Peter aparecer na janela de Wendy a
provocando para ir pra terra do nunca, falando sobre piratas e os garotos
perdidos, sobre fadas, sereias e um crocodilo chamado tic-tac.
Ficava imaginando o quão criativo e inteligente foi
o escritor James Barrie ao criar um garoto que não queria crescer e morava em
uma terra que o permitia isso. Por anos esperei Peter aparecer em minha janela
me convidando para enfim conhecer a famosa terra do nunca, porém isso jamais
viria a acontecer, mas eu era uma criança e acreditava em Peter assim como se
acredita em papai Noel ou bicho papão, me lembro de quando fiz 10 anos e Derick,
meu irmão por parte de pai, me disse que Peter Pan era apenas um cara de 18
anos que molestava meninas, chorei a noite inteira, minha madrasta, Megarethy, ficou
a noite toda me dizendo que Derick era um bobo mentiroso e que Peter existia
sim, enquanto eu acreditasse ele sempre existiria.
11 anos se passaram, meu quarto rosa deu lugar ao
novo dormitório de Jack, meu irmão mais novo, Meg e meu pai Adam, resolveram
que o quarto seria muito pequeno para mim, então me transferiram para o sótão,
eu adorei, gostava de ter privacidade para estudar e escrever, na verdade
tentativas frustradas de livros que não conseguia concluir.
Finalmente tive a esperada paz depois que Derick se
casou e foi embora para nova Jersey, minha vida era como de qualquer
adolescente normal, quer dizer, apesar do meu pai sempre discutir comigo pra
que eu saísse mais, até concordo que seria bom sair do meio de livros
empoeirados, eram mais de 250 livros amontoados no meu quarto, alguns eram de
aventuras como A ilha do tesouro, outros de terror absoluto como H.P Lovecraft,
outros como a trilogia A pirâmide vermelha que me encantavam e O Lado mais
sombrio eram os que eu tinha fascínio, no canto
direito da parede se via alguns livros de Sir Arthur conan doyol que
criou o famoso personagem Sherlock Holmes, do qual eu era fã e alguns contos de
Agatha Christie, na cabeceira da minha
cama ficava apenas dois livros, Alice no país das maravilhas e Peter Pan, mas
assim como quando era pequena Peter ainda era minha paixão, lia quase toda
noite, mas claro ninguém sabia que eu ainda tinha esse amor platônico pelo
garoto ruivo.
Por mais que fosse uma garota de 17 anos eu tinha
uma imaginação aflorada, quando lia eu realmente saia da realidade e entrava na
historia, sempre gostei de ler, a psicóloga me dizia que para não enfrentar a
realidade da vida social e de ter perdido minha mãe muito pequena, usava os
livros para me sentir segura e não ter de me misturar com outras pessoas, até
poderia ser isso, afinal eu nunca fui muito sociável, mas era algo muito maior
que isso, eu queria que tudo aquilo existisse, afinal a vida é muito sem graça
sem todas aquelas aventuras, magia e terror, e Peter Pan era algo que
discutíamos em todas as consultas, ela dizia que Peter Pan pra mim era como o
príncipe encantado para outras meninas, mas que ao contrario delas eu jamais
poderia o encontrar, afinal ele era apenas um personagem de Barrie.
A Cada dia que se passava eu me corroía por dentro,
porque sabia que uma hora Peter Pan teria que desaparecer de meus pensamentos
pra que eu pudesse ter uma vida de verdade.
Continua...
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